Nestes últimos anos, tenho tido uma vida baralhada de pensamentos e ideias sobre tudo e todos. Estou sempre em constante análise do que vejo, sinto e ouço, parecendo por vezes distante do momento em si. Eu não me considero distante. Aliás, estou mais perto do que muitos, mas vendo as coisas de uma maneira mais interior, difícil de explicar mas fácil de compreender.

Durante muito tempo, tenho me fixado também em duas questões: O que sou eu e o que vou ser daqui para a frente.

Quanto mais penso sobre o assunto, mais me parece certo estabelecer um ponto de partida, conhecer-me a mim primeiro para depois me dar a conhecer.

Depois de criada essa ideia tenho andado de um lado para o outro, deambulando em ideias de futuro que apareciam e desapareciam de um momento para o outro ficando vezes sem conta na estaca zero.

Tenho em mim apenas uma coisa que por vezes me parece favorável, por outras parece estragar tudo: O facto de eu ter “jeito” para tudo aquilo que sigo. Desde pequenino que ouço coisas como: “este rapaz tem jeito para isto!”, ou entao, “força rapaz, entras-te para o curso certo.”.

Com isso tudo, só tenho uma ideia concreta, ou seja, a ideia de não ter nada em concreto ainda. Essa ideia força-me a procurar algo que nem sei o que é ao certo. Talvez quando a encontre aconteça algo como um clique na minha cabeça que me faça perceber que é aquilo que eu sou e que é ali que me vou dar a conhecer. Enquanto isso não acontece vivo a minha vida como outro qualquer, estando agora em mais um curso que pelo que também dizem, é “o curso certo”, se bem que desta vez gosto daquilo que estou a fazer.

Quem sabe se no final deste curso, tenha a solução para este problema.

Mas se o destino não o quiser, ele próprio me indicará o meu caminho, assim como me tem indicado este tempo todo…

Quem sabe se todos estes acontecimentos, desde a um coração partido a mudanças de vida, não tenham acontecido por um simples motivo: Ainda estou a crescer...