Fazendo de ontem passado, nada mais há a acrescentar à velha vida.
Bons observadores focam-se no presente e imaginam o futuro, deixando o que lá vai e abrindo portas para o que ainda está para vir.
Deixemo-nos de contas inacabadas e teoremas nunca resolvidos, hoje viramos mais uma página.
Nova gente, novo ano, novas personalidades. Todos são diferentes, alguns desconhecidos por prazer.
Quem és tu, que me queres dizer?
O que vejo de ti é pouco para poder responder.
Quando apareces, o que desejas?
Quero apenas que saibas que todo o mundo se rege pelos seus desejos.
Como te pareces diante do espelho?
Espero que o espelho te diga exactamente aquilo que és.
Enquanto se joga o sangue ferve, o cérebro acelera ultrapassando a barreira do som e o coração só acalma quando tudo acabar.
Joguemos então o jogo da vida, apetrechados de esperança e vontade.
Onde tudo o que se joga é a realidade, onde ninguém tem espaço para solidariedade e compaixão, cada um com sua vida, cada um com a sua opinião.
Apenas sei que um dia saberei quem és.
Enquanto isso...
Sejamos bem-vindos à selva de alcatrão.